Motoristas parceiros do aplicativo Uber criam sindicato e se filiam à CUT
Os motoristas do Uber e de outros aplicativos que oferecem o serviço de transporte privado individual de passageiros se reuniram em dezembro último para fundar o Sindicato dos Motoristas da categoria do Estado de Pernambuco.
Na ocasião, estiveram presentes motoristas, líderes sindicais e representantes de outras categorias profissionais, além de, é claro, do presidente do sindicato, o Sr. Everaldo Galdino Pereira, que levantou a bandeira da "luta por direitos e melhorias” para a novel categoria.
Vale lembrar que o Uber, assim como os demais aplicativos de transporte de passageiros, não possui regulamentação federal, competindo a cada município brasileiro legislar da maneira mais conveniente. Portanto, e também em decorrência disto, não há falar-se em vinculação trabalhista, pois, o motorista pode trabalhar quando e quanto quiser. Em contrapartida, o aplicativo exige uma remuneração, que costuma ser de 20% sobre o valor da corrida.
Nessa toada, não nos parece razoável a criação de um sindicato que reivindique melhores condições e direitos para os seus aderentes, uma vez que - conforme dito anteriormente - são os próprios motoristas que ditam as suas regras.
O que se vê, portanto, é um desvirtuamento da concepção original desse tipo de negócio - que é o expoente da livre iniciativa e ampla concorrência – em detrimento de um modelo (já superado) de paternalismo sindical.
Realmente, o brasileiro (sobretudo ele) não está preparado para sair das barras da saia do Estado e de organizações com finalidades escusas.
11 Comentários
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A reivindicação por melhores condições de trabalho é a tônica no mundo capitalista. A agressão do trabalhador contra o "status quo". continuar lendo
Mas já existe resposta a essa lógica exploratória
http://advocaciatpa.jusbrasil.com.br/artigos/426465382/nocoes-introdutorias-de-associacoesecooperativa
Eu ainda não entendi pq os motoristas parceiros da Uber (ou outras empresas afins) não montam uma associação ou até mesmo uma cooperativa de modo a oferecerem o mesmo serviço sem precisar de um intermediador que cobra 20% pelo uso da plataforma tecnológica. continuar lendo
Taxistas são autônomos e tem sindicato logo não é o fato de não serem regulados por CLT que torna um contra senso criarem um sindicato.
O contra senso está em não se organizarem para criar uma empresa de capital nacional para prestar o mesmo serviço sem a necessidade de pagar uma taxa de 20% a empresas estrangeiras que praticam dumping no mercado e fazem evasão de divisas.
Convém lembrar que a justiça de algumas localidades como o Rio de Janeiro garante que o serviço seja prestado, mesmo já existindo lei que o proíba, por entender que não cabe ao município regulamentar o transporte individual privado. continuar lendo
Olá, Verônica!
Eu sugiro que você releia o texto.
Primeiro, porque não disse que o Uber desempenha atividade similar à praticada por taxistas. Segundo, você não compreendeu a referência que eu fiz à CLT, assim como eu também acho que você não compreendeu bem a gestão dessa nova tecnologia. Por fim, eu gostaria que você citasse a que Município do Rio você se refere porque até onde eu sei o Uber somente funciona no Munícípio do Rio e mediante a concessão de ordem judicial. continuar lendo
A analogia ao taxista é cabível e amplamente utilizada. Não fiz menção a similaridade entre os serviços prestados e sim a estruturação organizacional e política das profissões.
O município em questão é o Rio de Janeiro, capital. A Uber já opera em outros municípios do Estado do RJ.
Sou mestre em informática pela UNIRIO e trabalho há mais de 20 anos na área de tecnologia da informação. O fenômeno da computação móvel tem trazido muitas facilidades para a vida de pessoas e empresas mas também uma dependência já diagnosticada como doença. A era da tecnocracia faz acreditarem que com tecnologia é seguro e de qualidade.
Não reli o texto, já havia entendido perfeitamente o que foi colocado.
Considerando que vc também entendeu o meu comentário como uma crítica a criação de um sindicato ao invés de uma empresa nacional apoiada pelos mesmos recursos tecnológicos na qual os motoristas seriam sócios e não parceiros, pergunto: discorda? continuar lendo
Brasileiro é bom nisso
http://choferrj.com.br/index/ continuar lendo
Já criaram ... é a 99, mas foi vendida aos chineses. Outra coisa ... não criaram nada semelhante por que não querem ... só pode ser, pois nada impede. Ou impede? O Uber trouxe um modelo de trabalho muito bacana e o melhor desse modelo é liberdade e uma regulamentação básica para garantir segurança aos motoristas e usuários. Criar é fácil, mas o problema desse tipo modelo está na adoção ... se adotarem funciona.
O Uber faz evasão de divisas? é mesmo? mas quanto as pessoas e famílias que sobrevivem com esse trabalho? quanto ao consumo interno e movimentação da economia local que produz? Será que o lucro total não supera?
Argumento sem sentido que usa um apelo nacionalista para tentar ter razão.
Desculpe mas qualquer um pode fazer um aplicativo desses, não fazem porque não querem. continuar lendo
Me chamo Herivellton sou de Fortaleza ceará
E venho por meio desde meio de comunicação expôr de forma espontânea e democrática minha indignação a forma em que as empresas de aplicativo trata seus parceiro de uma forma geral tanto ciclista, motoristas ou até mesmos os motoboys, Assim Pelo fato de ser uma nova forma moderna e prática de ser pedir algo o se locomover com mais praticidade , muitas vezes os usuários desde serviço não sabe o lado obscuro dessas plataformas digitais obrigando a cada dia mais a obtenção de metas e obrigações sem nenhum vínculo trabalhista e etc, acarretando muitas vezes uma carga horária sem limites ao ponto de coloca em riscos a vidas até mesmo de terceiros por muitas vezes uma corrida com valores a baixo do que se deveria ser o correto. Tornando até mesmos inviável uma eventual manutenção seus bens , mostrando assim um retrato do país de um país corrupto e não democrático onde todo mundo faz o que bem quer! continuar lendo
No meu entender precisa sim, de um sindicato ou um orgão para representar esta categoria ,pois as taxas são abusivas por serem generalizadas, poderia ser melhor organizado, cada cidade ter uma taxa minima , tem cidade que não comporta a taxa do UBER saindo a corrida muito baixa para o condutor, outro olhar tem que ser lançado para o metodo de recebimento em cartão o repasse para o condutor e muito baixo, praticamente 50% em alguns casos sai para o UBER, e rever o km as vezes marca um km rodado e e muito mais , exemplo marca 2km mas na realidade o GPS marca errado o condutor corre 4 km , sim esta categoria precisa de um representante e URGENTE!! continuar lendo
O trabalho é de adoção voluntária. Participa quem quer, não é mesmo? Ou alguém é obrigado a ser motorista de aplicativos? Se eu fosse taxista poderia entrar aqui alegando um monte de coisa. Se fosse tão ruim assim porque não existem reclamações neste sentido e por que tantos estariam trabalhando nisso? Nos dias de hoje precisamos muito mais do que apenas 2 olhos. Precisamos ficar espertos. continuar lendo